CINEMA

"Missão: Impossível – O acerto final" reduz dose de glamour e ação

Longa que conclui a franquia iniciada em 1996, em que Tom Cruise sempre tenta salvar o mundo de um perigo iminente, estreia nesta quinta-feira (22/5)

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Há muito, desde “Protocolo fantasma” (2011), a franquia “Missão: Impossível” deixou de ser sobre o agente secreto Ethan Hunt e ou a ser sobre as proezas que Tom Cruise faz em cena. É como se ele tivesse firmado um pacto com o espectador: você vai ao cinema (o astro é como um embaixador informal das salas de exibição) e eu te prometo algo inimaginável.


Quase 30 anos após a estreia de sua primeira aventura como o agente da MIF (Força Missão Impossível) e aos 62 (63 em 3 de julho) de idade, Cruise consegue fazer jus a este pacto naquele que, pelo menos oficialmente, foi anunciado como o último filme da saga.


Depois de uma badalada première no Festival de Cannes e uma semana de pré-estreias no Brasil, “Missão: Impossível – O acerto final” estreia em salas de todos os complexos de shopping da Grande BH, nesta quinta-feira (22/5).


O oitavo “Missão: Impossível” é não só o mais caro filme da franquia (o valor exato não foi anunciado, mas estima-se US$ 400 milhões), como também o mais longo. São 2h49 que contam uma história da qual a gente já sabe o que esperar. Mas, ainda assim, ele surpreende pelas façanhas na tela – a última sequência de ação pode fazer o espectador mais empedernido se agarrar na poltrona.


Inteligência Artificial

A trama é uma continuação da primeira parte, lançada há dois anos. Hunt tem que salvar o mundo, mais uma vez. Mas o inimigo não é de carne e osso. Ele tem que enfrentar uma Inteligência Artificial cabulosa, de nome A Entidade, que está minando a verdade em todo o mundo com mentiras e deepfakes, colocando nação contra nação, poder nuclear contra poder nuclear. Ao exterminar tudo, vai governar, sem adversários, os que sobrarem na Terra.


Pela quarta vez consecutiva, “Missão: Impossível” tem roteiro e direção de Christopher McQuarrie. Hunt, que sempre viveu sob as sombras, é convocado pela presidente dos Estados Unidos (papel de Angela Bassett), que lhe dá carta branca para tentar resolver uma situação aparentemente insolúvel.


Há muita gente em Langley que não quer vê-lo por perto. Mas Hunt faz que não é com ele. Ao lado de seus companheiros de primeira hora – os impagáveis Benji (Simon Pegg) e Luther (Ving Rhames) – e de outros que vieram no caminho – como Grace (Hayley Atwell), a ladra veloz que marcou a aventura ada – ele sai pelo mundo. Para chegar até A Entidade, Hunt terá que minar um vilão humano, Gabriel (Esai Morales), que sabe bem encontrar seus pontos vulneráveis.


Não há nenhuma sequência glamourosa como nos filmes anteriores. Muito da ação ocorre em túneis e cavernas, e ambientes inóspitos. Como o clima agora é de paranoia, de mundo dividido, há também muito bate-boca entre o grande escalão do poder. São sequências burocráticas, sem humor. Como é um filme de conclusão, tampouco faltam cenas que remetem aos sete filmes anteriores.


Cena no mar

Ainda que o espectador tenha que esperar muito, Cruise não falta. “O acerto final” traz duas grandes (enormes) sequências de ação. A primeira é no mar. A caixa contendo o código-fonte da Entidade está em um submarino russo naufragado. Para que chegue até lá, ele vai ter que convencer o comandante de um submarino americano (papel de Tramell Tillman, uma das boas adições do elenco).


Tudo resolvido, eis que Hunt, ou melhor, Cruise, participa de uma sequência de mergulho em alto mar. Em apneia, ou seja, só com o ar dos pulmões. A divulgação do filme tem reforçado que ele teria ficado seis minutos em apneia. A sequência é plástica, explora o corpão do ator com tudo em cima, mas não emociona o espectador.


O momento que a gente pode querer rever deste “Missão: Impossível” está na parte final, a imagem do pôster do filme. É uma caçada aérea, com Hunt e Gabriel, cada qual em um avião biplano (com dois pares de asas), típico da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Em dado momento, o ator, conhecido por dispensar dublês em cenas ousadas, aparece agarrado ao avião em pleno ar.


Em Cannes, durante uma masterclass, McQuarrie falou do posicionamento de Cruise diante do “impossível”. “Tom disse: ‘Quero ser zero gravidade entre as asas do avião. E as pessoas que fazem isso para viver e fazem parte de uma tradição de décadas disseram: ‘Não, vocês não vão fazer isso’. E Tom disse: ‘Obrigado pelo seu tempo’. E amos para outras pessoas.”


Cruise, que fez uma aparição surpresa nesse encontro, reconheceu que não costuma receber nãos. "Não peça permissão para fazer. Simplesmente faça. Então, não espere até que tudo esteja perfeito, porque nunca será perfeito. Filmes não são perfeitos. Pessoas não são. A vida não é perfeita. Mas você quer ir em frente, e é melhor fazer."


Comédia a caminho

O próximo filme de Tom Cruise não poderia ser mais distante de “Missão: Impossível”. “É uma comédia brutal e selvagem, de proporções catastróficas. É insano. É assustador, engraçado e lindo. Sei que comédia não é o que as pessoas esperam de mim, ou do Tom, e fazer este filme foi aterrorizante para mim”, afirmou Alejandro Iñárritu.

O cineasta mexicano acabou de dirigir o astro em “Judy” (nome provisório), rodado em Londres. A atriz alemã indicada ao Oscar Sandra Hüller (“Anatomia de uma queda”) está no elenco, assim como Jesse Plemons, Riz Ahmed, Emma D'Arcy, Sophie Wilde, Michael Stuhlbarg e John Goodman.


“MISSÃO: IMPOSSÍVEL – O ACERTO FINAL”
(EUA/Reino Unido, 2025, 169min.) Direção: Christopher McQuarrie. Com Tom Cruise, Hayley Atwell, Ving Rhames e Simon Pegg. O filme estreia nesta quinta-feira (22/5), nos cines BH, Big, Boulevard, Cidade, Cinépolis, Contagem, Del Rey, Diamond, Itaupower, Minas Shopping, Monte Carmo, Norte, Pátio, Ponteio e Via Shopping.

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