O idealizador do Festival Viva a Praça Sete, Rafael Araújo, diz que o objetivo do evento é estimular as pessoas a não apenas acompanhar a programação, mas vivenciar o espaço. “Você pode almoçar no Palhares, comer um pastel no Café Nice”, diz.

A escolha de um show voz e violão de Adriana Calcanhotto como principal atração tem a ver com o intuito de possibilitar outros olhares sobre a Praça Sete, contrapondo sutileza à habitual vibração pulsante daquele espaço.

“Poderíamos colocar o show de uma dupla sertaneja, mas uma coisa é o ruído da Praça Sete sobreposto por um ruído mais alto, e outra é a Praça no final do domingo, quando está calma, em silêncio, e o público cantando junto em um show intimista”, pontua.

“É um repertório de sucessos da Adriana Calcanhotto, só que nesse formato voz e violão. Ela é uma grande atração, que normalmente se apresentaria em teatro, e estará na rua”, diz. Duas mil cadeiras serão dispostas diante do palco.

A cantora e compositora explica que concebeu esse show, com o qual já ou por outras cidades, pensando justamente em espaços públicos, o que, inclusive, orientou a escolha de suas músicas mais conhecidas para compor o roteiro.

Um show com formato intimista realizado em espaço aberto para uma multidão soa incongruente, mas ela garante que não é assim. “Parece estranho, mas tem funcionado. Em Porto Alegre, foram 25 mil pessoas; em Viçosa do Ceará também tinha um mar de gente”, afirma.


Adesão da plateia

A artista ressalta que tem sido uma experiência emocionante, pela adesão da plateia. “É lindo porque, nesse momento que as pessoas estão cantando, o que interessa é a canção, é o que junta todo mundo”, diz.

O repertório formado por sucessos como “Mentiras”, “Metade”, “Esquadros”, “Vambora”, “Mais feliz” e “Maresia”, entre outros, é um convite à participação do público, segundo a cantora. “Tem momentos em que fico ao violão só de acompanhante, deixando refrões inteiros por conta da plateia”, conta.

Adriana observa que o formato voz e violão, que pratica desde o início da carreira e com o qual tem plena desenvoltura, permite alterações no roteiro sem que sejam necessários grandes malabarismos. Em Viçosa do Ceará, por exemplo, o público pediu “Cariocas”, que não estava planejada, e ela atendeu.

“Levo uma lista maior, então uma música que não cantei em uma noite posso cantar em outra. Fazer voz e violão tem essa coisa da espontaneidade, da agilidade, sem rigidez”, comenta.

Ela diz que, assim como tocar acompanhada por banda, estar sozinha no palco tem vantagens e desvantagens, e que, de qualquer forma, lida bem com ambas as situações. “Nem todo mundo faz esse formato solo, mas tenho ficado encantada de cantar para tanta gente nesse esquema só voz e violão. Tem sido uma experiência muito interessante. Estar acompanhada tem a vantagem do coletivo, da troca, mas sozinha posso ir a lugares onde talvez não fosse possível com banda.”


HORA A HORA


Confira a programação do Festival Viva a Praça Sete*

Sexta-feira (25/4)

9h às 20h – Apresentações circenses em frente ao Cine Theatro Brasil, com o Circolar


9h – Visita guiada pelo Cine Theatro Brasil


9h – Edson Franco (música), no Palco Arte Urbana


10h – Guto Ferreira (teatro/circo), no Palco Arte Urbana


10h – Bombeiros Instrumental Orquestra Show (música), no Palco Carijós


10h – Visita guiada “Caminhos da fé”, a partir do Mercado das Flores


11h – Gui Campos (música), no Palco Arte Urbana


12h – Peça “Aperte o play e só ria”, com Carlos Nunes e Kayete, no Palco Carijós


12h – Exibição de curtas no P7 Criativo


13h – Visita guiada pelo Cine Theatro Brasil


13h – Exibição de curtas no P7 Criativo


13h30 – Karapatxo (circo), no Palco Arte Urbana


15h – Visita guiada “Caminhos da fé”, a partir do Mercado das Flores


16h30 – Dante e Gael (música), no Palco Arte Urbana


17h – Roda de samba com Manu Dias e convidados, no Palco Carijós


17h – Exibição de curtas no P7 Criativo


17h45 – Duo Cirkeras (circo), no Palco Arte Urbana


19h – Aline França (circo), no Palco Arte Urbana

A lista dos 100 melhores restaurantes do Brasil, publicado anualmente pela revista Exame Casual, tem como objetivo apresentar um panorama da gastronomia do país através de endereços que se destacaram nos últimos 12 meses. Nesta edição, entraram nove restaurantes mineiros, sendo oito de Belo Horizonte e um de Tiradentes Victor Schwaner/Divulgação
Em 58º lugar, a bodega moderna Gata Gorda, da chef Bruna Martins, duplamente citada na lista, une Brasil e Espanha em uma seleção criativa de tapas Victor Schwaner/Divulgação
Em atividade há 11 anos, o Birosca, casa mais de Bruna Martins, mistura clássicos mineiros com influências do mundo todo, alcançando a 42ª posição Victor Schwarner/ Divulgação
A experiência da Degustação Guiada de Queijos Mineiros é um dos diferenciais do Trintaeum, que chegou ao 57º lugar Victor Schwaner
O único restaurante mineiro que não está em Belo Horizonte é o Tragaluz, de Tiradentes, no Campo das Vertentes, que atualmente está sob o comando do chef Felipe Rameh. ou da 34ª para a 98ª posição nesta edição Luiza Bongir/Divulgação
Um dos mais conhecidos restaurantes de comida mineira de BH, o Xapuri, de Flávio Trombino, em 67º lugar, oferece em um ambiente de fazenda mesa farta e tradição Qu4rto Studio/Divulgação
Outro restaurante de Leo Paixão que aparece na lista, em 88º lugar, o Ninita mistura Itália e Minas Gerais em uma homenagem à bisavô do chef, Ninita Rubens Kato/Divulgação
Instalado no Mercado Novo, o Cozinha Tupis, de Henrique Gilberto, serve no balcão pratos que contam a história de Belo Horizonte. Com essa gastronomia, chegou à 60ª posição Acervo Pessoal
O restaurante mais bem colocado entre os mineiros é o Glouton, de Leo Paixão, que abocanhou o 18º lugar com uma cozinha autoral contemporânea Rubens Kato/Divulgação
Na 38ª posição, o Pacato, de Caio Soter, mostra como a cozinha mineira pode se modernizar, sem deixar de lado os ingredientes mais tradicionais, como porco, milho e verduras Victor Schwaner/Divulgação

Sábado (26/4)

9h às 12h – Apresentações circenses em frente ao Cine Theatro Brasil, com o Circolar


9h – Visita guiada pelo Cine Theatro Brasil


9h – Wagner Calixto (música), no Palco Arte Urbana


10h – Cia. Gêmea (teatro), no Palco Arte Urbana


10h – Grupo Somos (música), no Palco Carijós


10h – Visita guiada “BH verde”, a partir do Mercado das Flores


11h – Melissa Duque (música), no Palco Arte Urbana


12h – Peça “Velório à brasileira”, com Ilvio Amaral e Maurício Canguçu, no Palco Carijós


13h – Visita guiada pelo Cine Theatro Brasil

13h45 – Raul Latrel (dança), no Palco Arte Urbana


15h – Visita guiada “BH verde”, a partir do Mercado das Flores


15h – Galo Valente (teatro), no Palco Arte Urbana


15h – Show “Baile da Dri”, com Adrianna, no Palco Carijós


16h15 – Lop (música), no Palco Arte Urbana


17h30 – Lord Tuka (dança), no Palco Arte Urbana


18h – Show com Chama o Síndico, no Palco Carijós


18h45 – Helen Ribeiro e João Carlos (música), no Palco Arte Urbana


20h – Orquestra Opus convida Moreno Veloso, no Grande Teatro Unimed-BH do Cine Theatro Brasil (com cobrança de ingresso)

 

'Amém' (2002), do diretor franco-grego Costa-Gavras, inspirado no livro 'O vigário' (1963), de Rolf Hochhut, ganhou o César, maior prêmio do cinema francês, de Melhor Roteiro. Durante a Segunda Guerra, um químico contratado pelos nazistas descobre a realidade das câmaras de gás. Em vão, ele tenta, com a ajuda de um jesuíta (Mathieu Kassovitz, foto), alertar o papa Pio XII para o horror nos campos de concentração. O filme mostra o papa covarde e seu silêncio cúmplice sobre os crimes nazistas. A tese, contudo, é matizada pelo Vaticano e alguns historiadores, que lembram que Pio XII rompeu seu silêncio três vezes e contribuiu para o resgate de dezenas de milhares de judeus, especialmente na Itália. DVD à venda no site amazon.com.br Reprodução
'Habemus papam/Temos papa' (2011), filme do italiano Nanni Moretti apresentado no Festival de Cannes, surpreendeu ao narrar a eleição de um papa relutante em assumir o cargo, dois anos antes da renúncia de Bento XVI. Enquanto a fumaça branca se eleva do Vaticano, sinal do desfecho do conclave, os fiéis se apressam para ver o novo papa, mas a moldura da janela permanece vazia. De repente, ouve-se um grito. Aterrorizado, o cardeal Melville (Michel Piccoli, foto) se recusa a assumir seu novo papel. Até decide recorrer ao psicanalista para acompanhá-lo em sua nova missão. Disponível nas plataformas Amazon Prime e Apple TV. Prime Video/reprodução
A série 'The new pope' (2020) é a continuidade de 'The young pope'. É eleito o novo papa, João Paulo III (John Malkovich, foto), enquanto Pio XIII (Judie Law) está em coma. Desta vez, o diretor Paolo Sorrentino dá ênfase às personagens femininas, especialmente a diretora de comunicação da Santa Sé, interpretada pela atriz sa Cécile de . Produção da HBO. HBO/reprodução
'The young pope' (2016), série de 10 episódios dirigida pelo italiano Paolo Sorrentino, traz Jude Law (foto) como o ítalo-americano Lenny Belardo, que acaba de ser eleito papa para surpresa geral. Se os cardeais acham que haviam escolhido um sumo pontífice facilmente manipulável, Pio XIII mostra uma personalidade atormentada, maquiavélica e desconcertante. Ultraconservador, bebe Coca-Cola de cereja, fuma nos salões do Vaticano e luta com o trauma de ter sido abandonado quando criança. Disponível no Prime Video. Gianni Fiorito/HBO/divulgação
'Dois papas' (2019), dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, remete à renúncia do alemão Bento XVI, em 2013. O longa de ficção imagina um duelo verbal entre Anthony Hopkins, interpretando um papa alemão muito mais autoritário que seu tímido modelo, e Jonathan Pryce (foto), no papel do futuro papa argentino que deseja ensiná-lo a dançar tango. Os dois homens superam suas diferenças graças à música de Bento, pianista, e à paixão de Francisco pelo futebol. Disponível na plataforma Netflix. Netflix/divulgação
'Conclave' (2024), do diretor alemão Edward Berger, segue a escolha de um novo papa, entre traições e mentiras. Indicado em oito categorias, levou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 2025. Ralph Fiennes (foto) interpreta o cardeal Lawrence, encarregado de organizar o conclave, assembleia de cardeais que elege o próximo sumo pontífice após a morte do papa. No mundo clerical, todos se conhecem e os rancores são tenazes. Adaptado do romance do britânico Robert Harris, o filme escala as tensões até um inesperado final. Disponível na plataforma Amazon Prime. Diamond Films/divulgação


Domingo (27/4)

9h – Visita guiada pelo Cine Theatro Brasil


10h – Visita guiada “Museu a céu aberto”, a partir do Mercado das Flores


13h – Visita guiada pelo Cine Theatro Brasil


15h – Visita guiada “Museu a céu aberto”, a partir do Mercado das Flores


18h – Show de Adriana Calcanhotto, no Palco Sesc

* O Palco Carijós fica no quarteirão fechado da rua Carijós, ao lado do Cine Theatro Brasil. O Palco Arte Urbana fica em frente ao Cine Theatro Brasil. O palco Sesc fica no cruzamento das avenidas Amazonas e Afonso Pena. Toda a programação é gratuita, exceto o show de Moreno Veloso com Orquestra Opus.

 

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