"Pulso", nova série médica da Netflix, se concentra em dramas do coração
As relações pessoais entre os profissionais de saúde são o foco principal da produção em 10 episódios, já disponível na plataforma
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Siga noAlguém falou “Grey’s anatomy”? Não tem como não pensar na mais longeva série médica da TV americana (que concluiu recentemente sua 21ª temporada) diante de “Pulso”, principal estreia da Netflix nesta semana. Acompanha um grupo de residentes no pronto-socorro do Maguire Hospital, o mais movimentado de Miami.
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O espectador não chega a sofrer muito com os casos médicos, pois o que realmente move a trama é o que acontece entre um atendimento e outro. Ou seja: relacionamentos amorosos, dramas pessoais e profissionais. A Meredith Grey de “Pulso” é Danny Simms (Willa Fitzgerald), uma médica que recebe uma promoção depois da suspensão do residente-chefe, Xander Phillips (Colin Woodell). Ele (óbvio) é o McDreamy da história.
Mas, antes de chegarmos no relacionamento amoroso, descobrimos o cenário da emergência (não dá para não lembrar também de “E.R.”, a “mãe” das séries médicas). Na sequência inicial, um ônibus de um time de uma escola sofre um grave acidente. Um furacão se aproxima de Miami, e as consequências são trágicas. Há muitos personagens latinos, tanto que, volta e meia, há diálogos em espanhol.
No Maguire Hospital, a equipe se prepara para receber os feridos. Os principais residentes, além dos já citados, são Harper Simms (Jessy Yates), a irmã caçula de Danny, que vive numa cadeira de rodas depois de uma queda; Sam Elijah (Jessie T. Usher), o melhor amigo da protagonista, que, ao que tudo indica, cai de amores por ela; e Sophie Chan (Chelsea Muirhead), uma médica estressada que sofre com o descaso do cirurgião Tom Cole (Jack Bannon).
Casal de protagonistas
Este é o pegador geral, o terror das enfermeiras – e de algumas pacientes, veremos a seguir. Mesmo que esses personagens – incluindo a chefona, Natalie Cruz (Justina Machado) – tenham suas próprias subtramas, a história foi construída em torno do casal de protagonistas.
Os primeiros episódios de “Pulso” seguem a chegada do furacão e suas consequências: falta de energia, o que impacta o cuidado dos feridos; novos feridos; carência de pessoal trabalhando e a exaustão que toma parte do corpo médico.
Em paralelo, o caso entre Danny e Xander é revelado para os colegas. Ele é querido por todos, é de família rica, inclusive doadores do hospital. Ela vem de um lar desfeito: foi abandonada pela mãe e criada com a irmã pelo pai alcoólatra.
Xander foi transferido de outro hospital, e a razão, que ele esconde de todos, vai mover a trama. Mais complicada é a promoção de Danny em detrimento do afastamento do chefe e namorado. A desconfiança é geral por parte dos colegas.
As explicações vêm por meio de flashbacks, que mostram o que aconteceu com cada um dos personagens. Em mais de um momento, “Pulso” se torna mais interessante no ado, pois a trama sai do rame-rame da sala da emergência.
Poucos dos pacientes têm histórias de fôlego. De maneira geral, os casos médicos se resolvem em um único episódio, em modelo muito semelhante ao das séries procedurais da TV aberta, de onde vem “Grey’s anatomy”.
“PULSO”
• A série, em 10 episódios, está disponível na Netflix.