
Gigantes chinesas chegam ao Brasil e aquecem mercado de franquias
Mixue e Meituan chegam ao Brasil com investimentos bilionários, revolucionando o setor de alimentação e delivery no país
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O Brasil está prestes a vivenciar uma significativa transformação em seu mercado com a chegada das gigantes chinesas Mixue Ice Cream & Tea e Meituan, por meio de sua marca internacional Keeta. Ambas as empresas, líderes em seus segmentos na China, anunciaram grandes investimentos no país, prometendo revolucionar os setores de alimentação rápida e delivery, com destaque para suas estratégias baseadas no modelo de franchising.
A Mixue, fundada em 1997 por Zhang Hongchao na província de Henan, iniciou suas atividades como uma pequena barraca de sobremesas geladas, que rapidamente se tornou um sucesso entre jovens estudantes devido a seus preços íveis. A grande virada no crescimento da Mixue veio em 2007, quando a empresa adotou o modelo de franquias, acelerando significativamente sua expansão. Atualmente, a rede possui mais de 45.000 unidades em diversos países, incluindo China, Vietnã, Indonésia e Austrália, superando marcas tradicionais como Starbucks e McDonald's em número de lojas.
No Brasil, a Mixue planeja investir R$ 3,2 bilhões, abrindo centenas de franquias em várias regiões do país até 2030, gerando cerca de 25 mil empregos diretos e indiretos. A aposta no modelo de franquias é estratégica para facilitar uma rápida expansão, aproveitando a flexibilidade e o conhecimento local dos franqueados. O sucesso desse formato na China é resultado de uma eficiente cadeia logística e apoio contínuo aos franqueados, algo que a empresa pretende replicar no Brasil, adaptando produtos e estratégias ao gosto local.
Por outro lado, a Meituan, maior plataforma de serviços locais da China, entra no Brasil com sua subsidiária internacional Keeta, com um plano de investimento ainda mais ousado, de aproximadamente R$ 5,6 bilhões nos próximos cinco anos. Embora a Meituan seja conhecida principalmente por sua plataforma tecnológica de entregas, na China ela também possui um robusto sistema de franquias, especialmente no segmento de restaurantes e lojas físicas associadas à plataforma digital, o que potencializa sua capilaridade e eficiência operacional.
No Brasil, a Keeta adotará uma abordagem semelhante, combinando alta tecnologia com o modelo de franquias para alcançar uma expansão rápida e eficaz. Com uma estratégia voltada para oferecer vantagens significativas aos parceiros comerciais, como taxas de comissão menores, pagamento rápido e e operacional avançado, a empresa pretende conquistar rapidamente uma grande fatia do mercado dominado pelo iFood. A integração do franchising permitirá à Keeta estabelecer rapidamente pontos físicos de apoio logístico e atendimento ao cliente, essenciais para garantir qualidade e agilidade em suas entregas.
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A entrada dessas gigantes chinesas ocorre em um contexto de crescente aproximação econômica entre Brasil e China. Durante o recente Seminário Empresarial Brasil-China, realizado em Pequim, foram anunciados investimentos chineses no país que somam R$ 27 bilhões, incluindo os aportes dessas duas empresas. Esse cenário de cooperação e confiança demonstra claramente a relevância estratégica que o Brasil possui para grandes players globais.
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Com estratégias bem definidas baseadas no franchising, Mixue e Keeta têm potencial não apenas para transformar os setores de alimentação e delivery no Brasil, mas também para redefinir o conceito de franquias no país, oferecendo modelos mais tecnológicos e eficientes. Esses investimentos são um claro sinal de que o mercado brasileiro está se tornando cada vez mais atraente para grandes redes internacionais que veem no franchising uma oportunidade valiosa de expansão rápida e eficaz.
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O mercado brasileiro de franquias, já consolidado como um dos maiores do mundo, está diante de um momento promissor, impulsionado por essas novas entradas que prometem inovação, eficiência e um grande impacto econômico. Agora resta acompanhar atentamente como Mixue e Keeta irão se adaptar às particularidades brasileiras e quais serão os efeitos de longo prazo dessas operações em nossa economia.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.