
Uma vitória gigante do Cruzeiro com Kaio Jorge, Gabigol e a "lei do ex"
O time fez um belo primeiro tempo. Marcando por pressão, mostrou, já nos 45 minutos iniciais, que tinha potencial para jogar de igual para igual
Mais lidas
compartilhe
SIGA NO

O Cruzeiro derrotou o Flamengo por 2 a 1, gols de Kaio Jorge e Gabigol, fazendo funcionar a “lei do ex”. Um jogo gigantesco do Cruzeiro para o delírio da China Azul. Os times fizeram um belíssimo primeiro tempo, que resultou no empate por 1 a 1. Muita pressão dos dois lados, marcação alta e intensidade. No segundo tempo, o ritmo caiu, mas as chances não deixaram de acontecer, e as principais foram do time mineiro, que perdeu uns três gols, graças às defesas milagrosas de Rossi. O Cruzeiro permanece invicto em casa, Kaio Jorge continua brilhando e coube a Gabigol fazer o gol da vitória. Eu disse que isso iria acontecer.
O Cabuloso fez um belo primeiro tempo, com o artilheiro Kaio Jorge, iluminado. Marcando por pressão, o time azul mostrou ao Flamengo que tinha potencial para encará-lo de igual para igual. Vale lembrar que o rubro-negro é o melhor time da América do Sul, mas o Cabuloso não se intimidou. E Kaio Jorge mostrou logo o cartão de visitas, ao receber entre quatro jogadores rubro-negros, limpar e bater forte para fazer 1 a 0. A China Azul foi à loucura. Um Cruzeiro muito bem postado, com marcação eficiente, sem dar chances ao Flamengo. E o artilheiro quase aumentou ao chutar de fora da área. A bola desviou na zaga num toque de pontas dos dedos de Rossi e explodiu no travessão. Quase aconteceu o segundo gol azul. Por outro lado, quando o Flamengo atacava, principalmente com Cebolinha, levava perigo. Cássio fez duas defesas gigantescas, garantindo o placar. Ele só não conseguiu quando Gérson achou Arrascaeta, na entrada da área. O uruguaio bateu de primeira, no ângulo, sem chances para o goleiro azul, para empatar o jogo: 1 a 1. Ele respeitou a torcida e não comemorou, pois tem uma linda história no Cruzeiro.
Veio o segundo tempo e as equipes voltaram com a mesma formação e a mesma estratégia. Um jogo muito igual. Numa bobeada da zaga azul, Pedro, livre, chutou, e Cássio fez grande defesa. Não há como negar que o Flamengo tem um grupo muito forte. Saiu Cebolinha e entrou Bruno Henrique. Matheus Pereira ia marcar, mas Léo Pereira salvou, e, na sequência, Christian quase fez. O jogo era muito bom, lá e cá, de duas grandes equipes. No primeiro tempo, Rossi deu um chute em Christian, e o VAR não chamou o árbitro. Matheus Pereira chutou e Rossi segurou. O jogo era lá e cá, embora o ritmo tenha caído. O público pagante foi de 52.792. A China Azul nunca decepciona, que torcida fantástica. O Cruzeiro teve a chance de aumentar, em belo chute de Matheus Pereira, que Rossi soltou e Kaio Jorge quase pegou o rebote. O Cruzeiro era melhor no final da partida. Wanderson quase marca. Rossi faz milagre. O Cruzeiro não mexia no time. O Flamengo queimava suas alterações. Lucas Silva e Romero, dois gigantes no meio-campo. Gabigol e Eduardo entraram aos 43 minutos. Saíram MP e Wanderson. Bolassie entrou na vaga de Kaio Jorge e foi dele a jogada para Eduardo sofrer pênalti no finalzinho. Gabigol bateu, Rossi espalmou e ele fez no rebote. Cruzeiro 2 a 1 e fim de jogo com uma vitória gigantesca! O Cruzeiro chega a 13 pontos e mantém 100% em casa no Brasileirão.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba as notícias relevantes para o seu dia
Respeito e credibilidade
O Liverpool sagrou-se campeão da Premier League na semana ada, com uma semana de festa na cidade. Mas isso não impediu que o técnico Arnold Slot mandasse a campo para o jogo com o Chelsea, ontem, o time titular e o que tinha de melhor em mãos. Isso se chama respeito, pois até a última rodada há times brigando para entrar na Champions League, inclusive o Chelsea e Newcastle, que estão com a mesma pontuação, equipes brigando pela vaga na Europa League e times brigando para não cair. Nada mais justo que não facilitar para ninguém, mesmo campeão com quatro rodadas de antecedência. No Brasil, time campeão de forma antecipada larga a competição e acaba facilitando para quem precisa de vaga na Libertadores ou Sul-Americana, ou mesmo quem briga para não cair. Por isso, nosso futebol está desmoralizado, sem credibilidade e sem perspectiva. Não há fair play em aspecto algum. O futebol brasileiro está na lama.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.