
Toda mediocridade sairá vencedora na era da inteligência artificial
Precisamos lembrar que qualquer IA ainda está aprendendo, podendo cometer deslizes e dar respostas imprecisas
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Antes de começar a coluna, explico que vou tratar a inteligência artificial por simplesmente IA – esse é o apelido carinhoso que ela ganhou.
Tem uma música do Skank chamada “Três lados”, e seu nome é baseado na ideia de que existem três lados da verdade: a minha, a do outro e a verdade de fato, que, na real, não sabemos qual é. Algo parecido acontece com a IA.
Ela combina as informações que eu, você e todo mundo a, seleciona o que interessa e nos dá as respostas que pedimos. A IA é treinada com as nossas experiências e entendimentos sobre as mais diversas coisas, como explicou Fawzi Ammache, engenheiro de IA, em um vídeo.
Ela é alimentada por quem sabe mais, e aqueles que nem tanto acabam sendo os grandes beneficiados. Seus erros serão possivelmente minimizados com a utilização da IA, que usa os dados dos que são melhores.
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Precisamos lembrar que qualquer IA ainda está aprendendo, podendo cometer deslizes e dar respostas imprecisas. Para algumas atividades ela já funciona muito bem, para outras nem tanto. Outro dia, perguntei quem era “Henrique Portugal” para duas IAs diferentes. Uma delas disse que eu era músico, colunista de jornal, tecladista de uma banda de pop/rock, mas errou o nome da banda. Cheguei à conclusão que a resposta estava 90% certa. Pra algumas necessidades esse índice de acerto já é muito bom, mas para áreas como medicina e investimentos pode não ser suficiente.
No universo da música, aqui no Brasil, já foi definido que a propriedade intelectual, ao compor uma música, será sempre de um ser humano. Um dos softwares de IA, mais utilizados para a criação de música, colocou em seu agreements que, se o usuário utilizar a versão gratuita da ferramenta, a propriedade intelectual será da empresa criadora do software. Caso o usuário esteja utilizando uma versão paga, a propriedade intelectual será do usuário.
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Toda inovação tecnológica que ultraa limites aceitos acaba criando um certo medo e, por consequência, ando por questionamentos. É assim que o mundo funciona.
Em resumo, não estou dizendo que os bons não terão vantagens com a IA, mas os que não estão no nível de alta performance serão os maiores beneficiados. A vitória na era da IA até agora é da mediocridade.
Essa é a minha opinião, a minha verdade. Qual é a sua?
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.