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Adriana Vieira
Diretora comercial da Nespresso Professional Brasil
Sustentabilidade, uma palavra que pode parecer simples, mas que na realidade tem um peso gigantesco para a sociedade. E não é para menos: vivemos um mundo em plena crise climática, onde não basta você realizar meia dúzia de ações pontuais em prol do meio ambiente e achar que fez a sua parte.
Nesse sentido, é preciso pensar além: discutir e agir de forma sustentável contribui tanto para a preservação ambiental como para o cuidado com as futuras gerações do planeta. As empresas, por seu nível e proporção de impacto, detêm um papel fundamental nesta jornada e, cada vez mais, clientes e parceiros comerciais buscam posicionamentos claros e cobram ações significativas.
Dessa forma, pode-se afirmar que o investimento em sustentabilidade dentro das organizações vem cada vez mais se tornando um pilar necessário para a sobrevivência e crescimento de qualquer negócio a longo prazo. E, para isso, as ações de sustentabilidade precisam ser estratégicas e estar alinhadas ao propósito das marcas. É preciso identificar a melhor maneira de implementar uma cadeia sustentável, criar metas e objetivos concretos e, então, implementar e medir os impactos das ações.
Falo por experiência própria, pois tenho o privilégio de acompanhar de perto as ações que a Nespresso, recém-certificada como Empresa B, vem desenvolvendo ao longo dos anos.
E para evidenciar isso, e até mesmo ilustrar quais os principais pontos acredito que as empresas devem se atentar na busca pela sustentabilidade, listei abaixo alguns direcionais que considero fundamentais para qualquer companhia:
Entenda o seu negócio
Qualquer empreendimento, seja ele de pequeno, médio ou grande portes, impacta de diversas maneiras sua área de atuação – e muito além dela. Dessa forma, quando falamos sobre sustentabilidade empresarial, entendo que um dos principais motes de sucesso dessa área está atrelado ao fato de a companhia reduzir, eliminar ou conter os principais impactos causados por sua operação, seja ela na comunidade local ou ecossistema (parceiros, terceiros etc.).
Mas por onde começar? Olhe para o seu negócio e identifique o que é material ou o que é relevante, tanto para o negócio quanto para os stakeholders da organização (colaboradores, fornecedores, comunidades, clientes etc.). Entenda sua estrutura, mapeie suas dificuldades e olhe com muita atenção para o impacto que você causa na sociedade e no meio ambiente. A partir desse ponto de partida, certifique-se de que você tem profissionais competentes para propor ações diversas de curto, médio e longo prazos para atenuar os efeitos. Além disso, comunique e alinhe com a gestão istrativa da companhia que eles devem estar prontos para redefinir e alterar processos inconsistentes com as novas metas e objetivos traçados.
Se comprometa a longo prazo
É preciso ter um plano estratégico, com ações robustas, mas coerentes com a realidade da empresa. Um grande erro é tentar conseguir resultados muito rapidamente e não programar iniciativas a longo prazo. É preciso integrar esse processo à dinâmica do negócio e a uma nova cultura empresarial, transformando a sustentabilidade em parte dos negócios.
Por meio de um planejamento 360 graus, todas as áreas da empresa – da logística à comunicação – devem estar preparadas para falar e aplicar a sustentabilidade no seu a dia a dia. E aqui, faço um adendo muito importante: é preciso comunicar a toda a sua cadeia corporativa (clientes, investidores, parceiros comerciais, terceiros, prestadores de serviço etc.) que agora a sustentabilidade será um dos principais assuntos da organização e que cada colaborador tem um papel imprescindível no sucesso desses esforços.
Equilibre propósito e lucro
Por fim, mas não menos importante, gostaria de frisar que, sim, uma empresa precisa ter lucro. Mas isso não quer dizer que você não pode ou não consegue atingir o equilíbrio deste foco com seus novos propósitos, pois, como reforcei acima, cada vez mais as pessoas buscam por empresas conscientes e comprometidas com a redução do impacto ambiental.