4j44s
Por Maicon Costa
Duas pessoas foram presas pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (14/10), durante a operação Quebra Ossos, realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal, que apura supostos desvios de verbas parlamentares conhecidas como ‘Orçamento Secreto’.
A operação, que cumpriu os mandados de prisão temporária e 16 de busca e apreensão, visa desarticular grupo criminoso que inseria dados falsos no sistema do SUS buscando receber rees federais decorrentes de emendas parlamentares.
Leia Mais 3k1j2o
'Maior caso de corrupção do planeta'? Qual a gravidade do Orçamento SecretoBolsonaro foge ao ser questionado sobre recuo no veto do orçamento secretoTebet explica orçamento secreto e viraliza: 'Maior esquema de corrupção'As investigações u6i55
De acordo com as investigações, a quadrilha agia superfaturando o número de procedimentos médicos para que assim o teto para o ree de recursos voltados para o financiamento de ações e serviços de saúde no ano subsequente fosse elevado.
O município de Igarapé Grande (MA), por exemplo, informou a realização de mais de 12,7 mil radiografias de dedo no ano de 2020, sendo que sua população não a de 11,5 mil habitantes. Em tese, cada cidadão da localidade, de todas as idades, teria realizado pelo menos um procedimento do tipo no ano.
O mesmo grupo investigado pelas fraudes de dados em Igarapé Grande também é suspeito de ter efetuado as práticas ilegais em vários municípios maranhenses desde o ano de 2018.
As empresas investigadas lideram o ranking de recebimento de verbas públicas da saúde no Maranhão, entre 2019 e 2022, sendo somente uma delas recebedora de R$ 52 milhões.
Operação Quebra Ossos 3n1362
A Operação Quebra Ossos mobilizou cerca de 60 policiais federais, que cumpriram mandados expedidos pela Justiça Federal de Bacabal (MA) em sete cidades dos estados do Maranhão e Piauí, sendo elas: Igarapé Grande (MA), Lago do Junco (MA), Lago dos Rodrigues (MA), Caxias (MA), Timon (MA), Parnaíba (PI) e Teresina (PI).
Foram expedidas diversas medidas cautelares, estando entre elas o afastamento de servidor público do cargo, pela posição que ocupava durante o período da inserção dos dados falsos nos sistemas do SUS e da formalização de parte dos contratos investigados, e a suspensão do direito dos empresários e empresas investigadas de participarem de licitações e de contratarem com órgãos públicos.
Em caso de indiciamento em decorrência das investigações, que estão sob sigilo, os citados poderão responder por inserção de dados falsos, fraude à licitação, superfaturamento contratual, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.