Alerta ligado para um novo pico de coronavírus 6d5g6
Incremento de casos pode trazer reflexos tanto nos centros de saúde quanto nos hospitais que oferecem leitos para internações respiratórias
Por
Mateus Parreiras
04/07/2022 04:00 - Atualizado em 04/07/2022 12:49
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O início do mês de julho coincidente com a chegada de novo pico da pandemia de coronavírus (SARS-CoV-2) e traz preocupação para as autoridades sanitárias, às voltas também com outros quadros respiratórios típicos do outono-inverno, como a gripe.
Para se ter uma ideia de quanto pode ser esse agravamento, no ano ado, em Belo Horizonte, de acordo com números do Ministério da Saúde (MS), a quantidade de pessoas internadas por doenças respiratórias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foi 15% maior em julho do que em junho. As internações saltaram de 1.056 casos para 1.215. O mês também superou, em 11,4%, a média mensal de 1.090,5 pacientes em estado grave por causa de doenças respiratórias que demandaram internações entre janeiro e junho.
Um incremento pode trazer reflexos tanto nos centros de saúde quanto nos hospitais que oferecem leitos para internações respiratórias. Tomar a vacina, que tem freado casos graves continua sendo a principal medida de proteção.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), está previsto para as duas primeiras semanas de julho um aumento de casos de COVID-19 e provavelmente ainda maior que os 122% atuais – taxa de incidência nos últimos sete dias. “Pela projeção de testes positivos, na próxima semana alcançaremos o pico de casos de COVID-19. O estado é grande e heterogêneo. Portanto, há regiões onde estamos com queda de casos e outras, como a capital, onde estamos com aumento”, disse o secretário de estado de Saúde Fábio Baccheretti.
Contudo, o secretário espera que o reflexo não seja como nos demais picos, com explosão de internações e mortes, devido à vacinação em massa. “A vacina trouxe a COVID-19 para um patamar muito parecido com o de doenças sazonais que em todo outono-inverno acometem mais a população. É como a gripe e nós sempre vencemos isso. E nós todos sabemos que mesmo com o aumento de casos os pacientes que estão internando e os que estão indo a óbito não estão acompanhando a mesma proporção que vivenciamos neste ano, até em janeiro e fevereiro, mas muito menor. Isso demonstra que a vacina é um sucesso. É a forma mais segura de vencermos a pandemia”, disse o secretário de saúde mineiro.
David e Viviane foram ao atendimento de centro de saúde para dignosticar causas de coriza e febre e saíram com pedido de exames
A cobertura vacinal sobre idosos e crianças são dois fatores que podem trazer agravamento e estão na mira das autoridades sanitárias para evitar nova pressão nas unidades de saúde e mortes. “Temos ainda alguns desafios. Estamos incentivando a vacinação infantil. Em Minas Gerais, 45% da população pediátrica tomou as duas doses da vacina contra o novo coronavírus. E estamos em busca ativa para que os idosos tomem o segundo reforço (4ª dose)”, disse Baccheretti.
Até o momento, 17,5% dos adultos já tomaram a vacina pela quarta vez em Minas Gerais. A taxa de letalidade (casos positivos para o vírus e que morreram) é de 1,7%, contra 2,2% do Brasil. Em Minas, 89,51% da população adulta tomou a primeira dose; 83,79% a segunda; 62,11% a primeira dose de reforço e 17,50% a segunda. Entre o público infantil, 70,26% está imunizado com a primeira dose e 44,91% também com a segunda.
NA FILA 1j1h
Com muita tosse, o vigilante patrimonial Cristiano Pereira, de 49 anos, foi buscar auxílio pelo seu plano particular no Centro de Promoção da Saúde da Unimed, no Bairro Santa Efigênia, Leste de BH, onde a ocupação já é grande. “Tem gente demais, todo mundo tossindo e levou mais de uma hora para eu ser atendido. A gente fica com receio de chegar com gripe e voltar com uma COVID-19, mas não tem outro modo. É o único atendimento que a gente tem”, lamenta.
Mesmo tomando vários cuidados,como usar máscaras em ambientes fechados até quando era permitido ficar sem ela e evitar aglomerações, o engenheiro eletrônico David Soares, de 33, e a sua mulher, a professora Viviane Soares, de 30, também apresentaram sintomas gripais, como nariz escorrendo e febre. A solução foi procurar também o Centro de Promoção da Saúde da Unimed, onde recebeu guias para exames. “A gente tenta ter sempre cuidado nesta época. Nós dois tomamos duas doses da vacina contra o novo coronavírus e nos cuidamos, justamente porque temos um filho pequeno, de 9 meses, que não pode se vacinar. Isso aumenta nossas preocupações também”, disse.
As crianças estão entre os grupos mais afetados pelas doenças sazonais do inverno, uma preocupação a mais para pais de filhos com menos de 5 anos e que não podem receber a vacina contra o novo coronavírus. É o caso da desempregada Roseli Fernandes, de 32, que levou a filha Manuela, de 2, ao Centro de Saúde São Geraldo, no Bairro São Geraldo, Região Leste de BH. “Acho que ela está gripada. Com o nariz escorrendo e tossindo. A gente fica preocupada de encontrar um posto de saúde cheio e sair com COVID. Mas a gente mantém a distância e fica no espaço aberto para evitar problema”, disse Roseli.
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